A mudança do comportamento de consumo de conteúdo é constante. E hoje é inegável o aumento do consumo de mídias como o podcast, que nada mais é que um rádio sob demanda.
O Gerente de jornalismo da CBN Rio, Thiago Barbosa defende que os podcasts são rádio da mesma forma, apenas em uma nova maneira de consumir.
Com a democratização da produção de conteúdo gerada pela internet e o impulsionamento da tecnologia, o podcast vem caminhado em grande ascensão. Hoje é possível encontrar no mesmo ambiente conteúdos tanto de grandes veículos quanto de produtores independentes.
É possível perceber a trajetória tímida iniciada nos idos de 2004, quando o ipod e no meu caso os mp3s porque eu não tinha dinheiro para ter um ipod, trouxeram a possibilidade de ouvirmos conteúdo em áudio de forma mais facilitada.
O Bruno Vieira, diretor geral da Deezer no Brasil traz três pontos importante levaram a disseminação desse tipo de conteúdo. Quais sejam: a ampliação do acesso a smartphones, a melhora da qualidade de conexão na rede celular e o surgimento de plataformas de streaming
Mas por que essa é uma mídia que vem crescendo tanto?
A versatilidade é um dos grandes destaques dos podcasts. Eles podem ser ouvidos em qualquer lugar a qualquer momento. Toda semana, ele aparece no seu agregador.
Além disso ele se integra na vida cotidiana por causa de uma coisa que a maioria das pessoas tem: falta de tempo. Os podcasts permitem que o público ouça o conteúdo de forma um pouco mais passiva, sem precisar interromper outras atividades.
A Luiza Barros afirma em seu artigo no site o globo que segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Podcasters (ABPod) em parceria com a rádio CBN, em 2018 79% dos ouvintes de podcast no Brasil fazem esse consumo durante trajetos de locomoção, e 68% durante a realização de tarefas domésticas.
E em um artigo do site up2place: comparado à leitura, ouvir é simplesmente mais pessoal e íntimo. Os ouvintes se apegam aos anfitriões, que com o tempo ganham sua confiança como curadores de informações. A sensação é de que há uma conversa legítima acontecendo.
Apesar de no Brasil o tipo de podcast mais comum ser o de bate-papo, a possibilidade de formatos e linguagens é vasta. Eles podem englobar versões que lembram as antigas rádios novelas, com histórias ficcionais tipo o paciente 63 e Sofia, até formatos jornalísticos e documentais como a mulher da casa abandonada. O céu é limite.
Mas vamos falar do podcast na comunicação, na publicidade e no marketing. Como ele vem sendo utilizado e quais suas vantagens?
O podcast tem sido bem utilizado para criar um relacionamento entre a marca e o consumidor e para complementar a experiência do público com outros conteúdos.
Lembra que a gente falou no início que comparado à leitura, ouvir é simplesmente mais pessoal e íntimo. Pois é, a dificuldade na leitura ainda é analfabetismo funcional ainda é uma questão na nossa sociedade. E aqui o podcast se faz relevante porque o áudio facilita a compreensão, por ter quase um tom de diálogo com seu público. Então ele estreita o relacionamento com o público criando uma conexão entre as pessoas.
Há quem diga que o podcast é uma possibilidade a ser considerada para melhoria de ranqueamento de SEO. Mas aí já não é a minha praia.
A Letícia Fernandes no artigo publicado na edialog.com.br afirma que: De acordo com a pesquisa de 2018 da Associação Brasileiras de Podcasters, mais de 60% dos ouvintes entrevistados dão atenção aos anúncios quando tem relação com o tema do episódio. E ainda, 40% revelou já ter comprado, ao menos uma vez, produtos e serviços anunciados em podcasts. A partir desses números já dá para entender que o podcast pode muito bem integrar sua estratégia de marketing digital. Basta achar um que tenha a temática alinhada com seus produtos ou serviços para fazer uma boa divulgação.
Pois é, o consumo de podcasts subiu em 67% no ano de 2019. Isso significa o potencial do novo formato que tem invadido a rotina de todos os públicos. Eu notei um boom de podcasts criado por creators e celebridades, mas o que notei essa semana foi que as empresas também estão entrando nessa onda.
Só essa semana eu vi duas matérias uma falando sobre a criação do podcast da vivo (garota de pp lê trecho da notícia) e a outra falando sobre o podcast das Americanas (garota de pp lê trecho da notícia).
Eu não poderia deixar de falar aqui da versão em vídeo do podcast, o famosinho videocast. Por que eu acho que será que ele está crescendo junto aos podcasts se ele tira uma das que pra mim é principal vantagem do podcast que é o consumo passivo?
ALEXANDRE MARON no seu artigo no GQ.globo.com afirma que o Nosso sentido mais primário é a audição. Ela é evolutivamente anterior à visão. O áudio ativa, automaticamente, poderosas impressões visuais. O som nos faz imaginar. O cérebro humano é muito eficiente para ler emoções na fala das pessoas. Ou seja, embora muita gente não tenha percebido, o áudio é um meio muito visual. Neste sentido, ele ativa os mesmos impulsos que a leitura, e transfere pro cérebro do ouvinte a tarefa de imaginar cenários e imagens que, em vídeo ou filme, seriam muito mais difíceis de construir.
Ainda dá pra fazer consumo passivo de vídeocast? Dá! Se você ignorar o vídeo ou deixar ele rodando pequeno no cantinho. A verdade que o videocast demanda muito mais atenção e isso faz cair o número de atividades que você pode fazer concomitantemente.
Mas eu acredito que o vídeocast veio para suprir uma necessidade da produção de conteúdo que é usar o mesmo conteúdo para alimentar diversas plataformas diferentes.
Por mais que seja o ideal produzir um conteúdo para cada tipo de plataforma, pois cada uma delas tem um público, a menos que você seja uma mega empresa, é extremamente cansativo para não dizer inviável, produzir tanto conteúdo diferente na frequência e constância que redes as redes demandam.
Se você tem o videocast, você pode tirar a imagem e ele serve para plataformas de áudio, se bem que eu estava comentando nos stories outro dia que já tem plataforma de áudio, no caso o spotify, que já tem suporte para vídeo. Mas a verdade é que a maioria da redes sociais tem um apelo mais visual, então com o videocast você consegue fazer cortes e suprir a demanda de plataformas de conteúdo rápido como instagram e tiktok e você consegue suprir a demanda de conteúdos longos como o youtube.
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