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Você não encontrará a própria voz se não a usar.

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Foto do escritorSamy Teixeira

Ritmo, é ritmo de festa (Mah oê, como falar pra câmera)

Atualizado: 13 de mai. de 2021




Se tem uma coisa que eu acho importante em um vídeo é o ritmo. Um bom ritmo pode ser atingindo pela fala do interlocutor ou pela edição. Que editar não é um problema para mim, todo mundo já sabe, mas o que às vezes as pessoas se surpreendem é que o ritmo de fala aqui é ritmo de festa. (Mah oê #partyhard)

Eu não sou o supra sumo do sabor em falar pra câmera, mas já são mais de 10 anos fazendo isso. Prática leva a festa duro. Se você olhar meus vídeos iniciais vai ver que eu parecia uma garotinha de 5 anos falando.

O que eu aprendi nesses anos? Emule o que te soa bom. Eu sempre consumi muito vídeo e com isso acabei criando referências daquilo que eu achava legal na forma como as pessoas falam. Foi a partir disso que eu criei a forma como eu falo, que ao escrever esse post descobri que segue padrões e critérios técnicos. (Ora, ora, ora!)

Fui pensar um pouquinho sobre falar para câmera e percebi que precisava reunir todos os meus conceitos adquiridos de forma empírica ou de forma técnica para que a parada fizesse sentido e não fosse apenas um bolo de ideias. Então, vamos lá!

Falando pelo corpo.

Uma coisa que a yoga me ensinou é que a gente precisa respirar pelo diafragma. O diafragma é uma parte do nosso corpo que fica localizado mais ou menos embaixo do umbigo e é daí que vem história de que para respirar você tem que encher a barriga de ar. Se você reparar um bebê logo que nasce quando ele respira a barriga dele sobe e desce, essa é a forma dita como correta de respirar, mas não é a forma como geralmente respiramos depois que crescemos.


Já reparou que quando você respira você abre o peito e o foco fica no início do tronco. Nesse caso, ao invés de encher e esvaziar a barriga a gente levanta e abaixa os ombros. Essa é uma respiração meramente "pulmonar" e não é considerada a melhor forma de respirar. Eu acredito que um dos motivos da respiração diafragmática nos ajudar no controle da fala é que ela auxilia no controle das emoções.


Mas não para por aí, esse ano eu iniciei aulas de teatro e uma coisa que a professora ensina é que a a gente não só respira pelo diafragma, como também utilizar ele para falar. Falar pelas cordas vocais é para os fracos rsrs. É a partir do diafragma que surge a projeção vocal onde você fala para fora e com volume, não importa quão doce e calma seja sua voz. Tente botar a mão debaixo do umbigo e sinta o diafragma contrair ao você falar alto e saberá que está fazendo isso certo!

Outra coisa importante, mas que eu raramente eu faço é o aquecimento da voz e dos músculos da face. Ferramentas como fazer som de britadeira, fazer massagem facial e caretas pode ajudar na sua articulação com as palavras.

Por fim, para fecharmos o básico do corpo é sempre bom lembrar que a postura ajuda a moldar como a gente fala, pois ela influencia o grau de tensão dos músculos.

Depois de estar com corpo pronto para falar, vamos começar a bordar a sua voz de fato.

Tom de voz


Uma coisa muito chata é você ter que ouvir uma fala longa de alguém com uma voz que incomoda. Todo mundo sempre me fala que quando eu me empolgo falando de alguma coisa minha voz vai ficando cada vez mais aguda e mais alta. E de fato eu tenho uma voz fina de gralha, então eu geralmente tento descer um pouco o tom e falar com uma voz levemente mais grave. Para colocar isso em prática eu costumo fingir que eu sou uma locutora de rádio. Além de funcionar, eu acho bem divertido.

Ps: Eu já reparei que essa forma de falar ativa alguma coisa no meu cérebro. Isso acontece não só quando eu falo, mas também quando eu escuto alguém falando dessa forma. Só ainda não sei o que é.

Outra dica é: varie o seu tom de voz durante a sua fala para que ela não fique monótona (pegou o trocadilho? Monótona, mono tom, único tom). Uma fala com um único tom fica muito linear, o que leva quem tá escutando a facilmente ficar entediado. A fala tem que ser ondas e não linhas.

Preste atenção na forma como você finaliza a frase. Tente finalizar as frases de formas diferentes, mas evite terminar frases para baixo. Use frases que terminem pra cima ou que mantenha o tom.

Trabalhe as palavras


Essa é uma das parte que eu mais gosto. Uma coisa que eu faço, e que nem sabia que de fato era uma técnica de oratória, é da dar ênfase, destaque, nas palavras chaves da sua frase. Além de deixar o ritmo e o tom da fala menos linear, ela também direciona o foco da atenção do ouvinte para o ponto central da sua fala.


Eu tenho uma péssima memória e essa técnica me ajuda muito também para gravar a ordem das coisas que precisam ser ditas criando um caminho, um raciocínio lógico entre as falas, facilitando a memorização.


Uma dica para dar destaque em palavras é quebrá-las do meio e falar sílaba por sílaba.

Por fim a conclusão que eu cheguei é que a nossa fala tem que emular uma música. Você não entendeu errado a gente tem que falar como se a nossa fala fosse de fato uma música com altos e baixos, variações de tom e o encaixe das palavras corretas.


Se a sua fala fosse meros sons sem significado, qual seria o ritmo da sua música?

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