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Você não encontrará a própria voz se não a usar.

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Foto do escritorSamy Teixeira

Criatividade e onde encontrá-la.

Atualizado: 25 de abr. de 2020

Eu estava me sentindo estranha. Meu amigo Ramon me disse que poderia ser criatividade reprimida.


Todos os meus amigos sempre pontuam que uma das minhas qualidades é ser criativa. De fato eu consigo ver essa Samy criativa, mas eu sinto que o meu pico de criatividade foi a adolescência. Eu escrevia histórias, textos, poesia, roteiros, músicas. Eu lia, desenhava, gravava vídeos. Eu criava livremente as mais diversas coisas na minha mente e fora dela.


Eu nunca fiz isso por ninguém ou para ninguém. Era só uma forma de ser eu mesma, de me comunicar com a minha essência. Muito good vibes/ hippie/auto-ajuda isso, né? Pois bem, essa sou eu.


Eu acho que consigo ver a curva declinando no meu pico de criatividade. Da adolescência para a vida adulta, quando a internet se expandiu e eu comecei a querer compartilhar as coisas que fazia. Lembro do meu blog, que tinha zilhões de morangos como plano de fundo, e como eu me importava se as minhas amigas da faculdade liam e comentavam nele.


Acho que não ter a mesma capacidade de compartilhamento que passei a ter após o crescimento da internet, era o que me fazia criar sem limites (os dramas da vida adolescente também ajudavam). Eu não tinha que me preocupar em atingir ninguém além de mim mesma. Toda aquela arte não era nada além da sua própria existência. Quando se criou a possibilidade dela ser algo mais, eu empaquei.


Por muitos anos eu não conseguia criar um história na minha mente da mesma forma que fazia (muito menos fora dela). Quando eu me dei conta disso busquei formas de destravar, formas de me reconectar comigo mesma. Encontrei outras formas de arte como lettering, aquarela, motion graphics. Mas ainda me faltava o flow, o fluxo continuo de criação que a minha mente vivia nos idos juvenis. Ser constante se tornou um problema.


No início desse ano eu busquei a consistência. Quanto mais eu me esforçava mais a vida me dava rasteiras. O que eu aprendi? Que ainda quero criar como aquela Samy adolescente e que ainda quero compartilhar como a Samy adulta. Mas eu tenho que fazer isso por e para mais ninguém além de mim mesma. Por que só sendo eu mesma eu vou ser capaz de verdadeiramente atingir alguém.

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